O coento

   coentro

O coentro apresenta nome científico Coriandrum sativum L. é uma planta herbácea que chega a meio metro de altura, suas folhas são aromáticas sendo a parte ricamente utilizada na gastronomia. Esta erva possui flores pequenas com tonalidade branca ou suavemente rosada. Por possuir aroma característico ela consegue ser condimento em diferentes culturas por todo mundo, além de proporcionar propriedades medicinais comprovadas.

   Sua utilização é feita a base de temperos que consegue propor pratos de feijão, sopas, arroz, massas e saladas na cultura brasileira. Sua ação gastronômica está presente também no México, Índia, China e Portuguesa. Suas raízes são utilizadas na culinária, principalmente na cozinha chinesa. Além de toda essa ação, o coentro consegue ser ornamental pelas suas flores e folhas macias, sendo cultivada em vasos e jardineiras.

   Seu cultivo deve possuir sombramento, solo fértil, boa drenagem e enriquecido com matéria orgânica. Esta erva consegue resistir a pequenos períodos de estiagem e não suporta muita água. Sua atividade antioxidante, anti-helmíntico, antipirética e analgésica é usada no tratamento do reumatismo e dores articulares, junto a problemas intestinais.

Referências:

  • RADKE, Aline Klug et al. Alternativas metodológicas fazer teste de Envelhecimento acelerado em Sementes de coentro. Cienc. Rural , Santa Maria, v. 46, n. 1, p. 95-99, Jan. 2016.
  • LINHARES, P.C.F et al. Rendimento do coentro (Coriandrum sativum L) adubado com esterco bovino em diferentes doses e tempos de incorporação no solo. Rev. bras. plantas med.,  Botucatu,  v. 17, n. 3, p. 462-467,  Sept. 2015.
  • CARRILLO BECERRA, Katherine et al. Inoculación de Cilantro (Coriandrum sativum L.) con Rizobacterias en Villa del Rosario, Norte de Santander. Rev. Fac. Nal. Agr. Medellín, Medellín,  v. 68, n. 1, p. 7459-7470,  Jan.  2015.

Você conhece os usos e cultivo da cebolinha? Venha aprender uma receita com este tempero

cebolinhaaaOriginária provavelmente da Sibéria, a cebolinha (Allium fistulosum) é uma planta condimentar da família alliaceae. Desempenha importante papel social, em virtude de sua larga disseminação no Brasil. Embora a planta de cebolinha suporte frios prolongados e existam cultivares que resistam bem ao calor, tendo poucas restrições para o seu plantio em qualquer época do ano, a faixa de temperatura ideal para o cultivo fica entre 8 e 22oC, ou seja, em condições amenas. Portanto, o perfilhamento é maior nos plantios de fevereiro a julho nas regiões produtoras do Brasil.

Pode ser utilizada em diversas receitas como: caldos, carnes, saladas, sopas, patês, massas, omeletes, refogados e molhos. As folhas também servem como decoração para os pratos, basta usar a criatividade. Outra forma de se consumir a cebolinha é utilizando a no preparo de temperos caseiros.

São muitas as qualidades terapêuticas atribuídas a cebolinha, é planta rica em ferro e em vitaminas A e C, serve como estimulante do apetite, ajuda no combate à gripe e nas doenças das vias respiratórias, além de auxiliar a digestão.

 

Receita:  Biscoitos de cebolinha verde

INGREDIENTES

  • 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
  • 1 colher (sopa) de fermento em pó
  • 1 colher (chá) de sal granulado
  • 1 colher (chá) açúcar
  • 100 g de manteiga gelada, cortada em cubinhos
  • ¾ de xícara de creme de leite (180 ml)
  • ½ xícara de cebolinha picada
  • 1 ovo batido com 1 colher (sopa) de água

MODO DE PREPARO

Preaqueça o forno a 200°C (quente). Na batedeira (com a pá para massas), misture a farinha, o fermento, o sal e o açúcar. Junte a manteiga e misture em velocidade baixa até formar pedacinhos granulados de massa. Acrescente o creme de leite e bata somente até misturar. Junte a cebolinha e misture. Em uma superfície enfarinhada, abra um retângulo com a massa na espessura de 1 cm. Corte com um cortador de biscoitos de 4, 5 cm de diâmetro e coloque em uma forma forrada com papel-manteiga. Pincele com a mistura de ovo e leve para assar por 20 a 22 minutos ou até a superfície dourar e o biscoito ficar firme.

 

Referências:

ARAUJO, Isaac B.; PERUCH, Luiz A.M.  and  STADNIK, Marciel J..Efeito do extrato de alga e da argila silicatada na severidade da alternariose e na produtividade da cebolinha comum (Allium fistulosum L.). Trop. plant pathol.  2012, vol.37, n.5, pp. 363-367. ISSN 1982-5676.

ZARATE, Néstor Antonio Heredia et al.Amontoas e cobertura do solo com cama-de-frango na produção de cebolinha, com duas colheitas. Acta Sci., Agron. 2010, vol.32, n.3, pp. 449-454. ISSN 1807-8621.

HEREDIA Z., Néstor A.; VIEIRA, Maria do Carmo; WEISMANN, Martin  and  LOURENCAO, André L.F..Produção e renda bruta de cebolinha e de salsa em cultivo solteiro e consorciado. Hortic. Bras.2003, vol.21, n.3, pp. 574-577. ISSN 1806-9991.

Venha conhecer 10 curiosidades sobre o alecrim

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O Alecrim (Rosmarinus officinalis L.) é da família Lamiaceae e originário do Mediterrâneo. Seu nome vem do latim e significa “orvalho do mar”. Suas folhas são pequenas e finas e suas flores são azul-violeta. É utilizado tanto para fins medicinais, como para culinários e aromáticos.

Seus efeitos farmacológicos são principalmente para os casos de problemas digestivos como má digestão, gases, dor no estômago e até mesmo perda de apetite. Eficiente em dor de cabeça, tosse, fraqueza, memória fraca e desmenorréia, por facilitar o fluxo menstrual. Possui ação cicatrizante, antimicrobiana e antifúngica. Acredita-se que pode ser antitumoral, pois a partir do alecrim pode ser obtida própolis e estudos recentes mostram a própolis é benéfica ao câncer e alivia sintomas da quimioterapia.

Porém NÃO pode ser ingerido por mulheres grávidas, diabéticos, epilépticos ou hipertensos.

O Alecrim é bastante rico por sua tradição e superstições. Aqui está 10 curiosidades sobre esta planta:

  1. Foi utilizado primeiramente pela rainha Isabel da Hungria em forma de tônico, que era “capaz de curar tudo” e por esta razão foi chamado de Água da Rainha da Hungria;
  2. Ótimo tempero, pois realça sabores quando utilizado em carnes, peixes, porcos, aves e cordeiros;
  3. Utilizado como incenso pelo seu ótimo cheiro e para “atrair coisas boas”;
  4. Ótimo desinfetante quando se ferve as folhas em pouca quantidade de água ou usando o seu óleo essencial;
  5. Protege contra traças e caspa capilar;
  6. A planta medicinal é um ótimo antisséptico, tratando mau-hálito;
  7. Estimula a memória e a mente, usado na medicina tradicional antes de provas para melhorar o rendimento ou até controlar a ansiedade;
  8. Enfeita caixões, dizem que é para o falecido encontrar a paz. Esse costume é muito utilizado pelos ingleses cobrindo o túmulo de seus heróis com ramos de alecrim;
  9. Os franceses dizem que o alecrim só brota na casa de famílias justas;
  10. Utilizado em casamentos ou no buquê ou no bolso dos padrinhos para trazer felicidade e prosperidade na vida dos noivos.

 

Referências:

MAY, A. et al. Produção de biomassa e óleo essencial de alecrim (Rosmarinus officinalis L.) em função da altura e intervalo entre cortes. Rev. bras. plantas med. Vol. 12, nº 2, Botucatu, Apr./June 2010.

FARIA, Lucimari. Validação farmacológica do óleo essencial de Rosmarinus officinalis L. (alecrim) – atividade antiinflamatória e analgésica, 2005.

PENTEADO, J.; CECY, A. Alecrim Rosmarinus officinalis L. Labiatae (Lamiaceae): Uma revisão bibliográfica. Disponível em: http://www.unieuro.edu.br/sitenovo/revistas/downloads/farmacia/cenarium_02_02.pdf. Acesso em: 27 de outubro de 2015.

Lorenzi H, Matos FJA. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 1 ed. Nova Odessa, São Paulo: Instituto Plantarum, 2002.

Você sabe pra que serve a cânfora? Venha conhecer

canfora-de-jardimA cânfora (Cinnamomun canphora) possui ação analgésica, pode participar no tratamento de reumatismo, possui atividade antimicrobiana e antioxidante, além de servir para assepsia e desmaios. Trata-se de uma planta originária da Ásia e é descrita como uma árvore que alcança cerca de 50 metros de altura e 2,5 metros de diâmetro do tronco. Possui folhas verdes, com tronco forte e rugoso além das várias ramificações em forma de galhos e flores brancas em forma de estrela. Suas folhas são bastante tóxicas devendo assim ser evitado seu uso interno.

Todas as suas formas de uso são realizadas a partir do álcool canforado, que é fabricado a partir de:

– 6 cubos de cânfora;

– 1 litro de água;

Os cubos de cânfora devem ser colocados em 1 litro de água, os deixando dissolver por dois dias. Este álcool é aplicado de diferentes maneiras dependendo do efeito que se deseja ter no paciente. Nos casos de reumatismo, o álcool ou as folhas são utilizadas em infusão, fazendo fricções. Para ação analgésica se usa o álcool ou as folhas em tintura. Para assepsia usa-se somente o álcool na área desejada, e para desmaios deve-se colocar o álcool próximo as narinas do paciente para que ele sinta o cheiro.

Não se deve esquecer que a cânfora, é uma planta altamente tóxica, que possui componentes químicos voláteis. Sua inalação trás efeitos adversos no Sistema Nervoso Central, podendo também ocasionar problemas na respiração ou convulsões.

 

Referências:

RODRIGUES HG, MEIRELES CG, LIMA, JTS, TOLEDO GP, CARDOSO JL,  GOMES SL. Efeito embriotóxico, teratogênico e abortivo de plantas medicinais. Revista Brasileira de plantas medicinais. 2011; 13 (3): 359-366.

Scapin CR, Carnelossi PR, Vieira RA, Schwan-Estrada KRF, Cruz MÊS. Fungitoxidade in vitro de extratos vegetais sobreExserohilum turcicum (Pass) Leonard & Suggs. Revista Brasileira de Plantas Medicinais. 2010; 12(1):  57-61.

Mezzomo,M;et all.Atividade antifugica do óleo essencial de Cinnamonum canphora var.Linaloolifera sobre colletotrichum gloesporioades na cultura do pimentão.cadernos de agroecologia-ISSN.2236-7934,vol.8,no2,nov,2013.

Você conhece o Andu? Que tal experimentar uma receita com essa planta hoje?

300-sementes-de-andu-feijo-guandu-cajanus-cajan-1990-22998-MLB20239032873_022015-FO andu (Cajanus cajan), também chamado andu, ervilha-de-pombo, anduzeiro, guandeiro, guando e feijão-guando. É originário da África, mas atualmente tem lugar importante na dieta de muitas pessoas na Ásia, África e América do Sul. É uma leguminosa altamente nutritiva, caracterizada pela produção de sementes com alto teor de carboidratos, minerais e vitaminas. É baixa em gorduras, quantidade moderada de fibras, boa quantidade de proteínas, amido e um equilíbrio razoável de minerais essenciais para qualquer dieta. Além disso o andu é usado na prevenção de doenças humanas, tais como a diarreia, doenças renais, inflamações e doenças do sangue.

A semente do andu é utilizada para consumo humano e animal, que podem ser consumidos frescos ou secos, em diferentes formas, tais como guisado, sopas e cozidos no vapor. É também utilizado para o fabrico de farinhas, o que conduz a aplicações alimentares diferentes. Isto mostra que as sementes contêm um valor nutritivo importante, que é usado em diferentes partes do mundo para a alimentação. Por outro lado, o teor de fibras e outros microelementos, fazem com que as sementes contribuam não só com a nutrição, mas também ajuda a digestão e metabolismo dos seres vivos.

Receita com o andu: Farofa de feijão andu

Tempo de preparo: 20 minutos                  Rendimento: 8 porções

INGREDIENTES

  • 3 xícaras de feijão andu cozido (feijão muito conhecido no nordeste)
  • 2 colheres de óleo
  • 1 cebola picada
  • 2 dentes de alhos espremido
  • 1 lata de milho verde
  • 200 g de bacon picadinho
  • 1 gomo de linguiça calabresa
  • 1 cubo de caldo de bacon
  • Pimenta – do – reino a gosto
  • Coentro picadinho a gosto
  • Pimenta dedo – de – moça picadinha a gosto
  • 2 xícaras de farinha de mandioca

MODO DE PREPARO

  • Cozinhe o feijão
  • Em uma panela, coloque o óleo e a calabresa
  • Deixe dourar por alguns minutos
  • Acrescente a cebola, o alho, o bacon e o caldo de bacon
  • Coloque o feijão
  • Misture e acrescente a pimenta – do – reino, a pimenta, o coentro e o milho
  • Desligue o fogo e coloque a farinha, sempre mexendo para ficar uma farofa bem soltinha

Bom apetite!

Referências:

 

Gaviria-Acosta, Edier; Benitez-Benitez, Ricardo; Lenis, Luis  And  Hoyos-Concha, José Luis.Optimización De La Hidrólisis Enzimática De Proteínas Presentes En Semillas De Guandul (Cajanus Cajan).

Navarro V, Carmen Lucia; Restrepo M, Diego  And  Perez M, Jaime.El Guandul (Cajanus Cajan) Una Alternativa En La Industria De Los Alimentos. Rev.Bio.Agro . 2014, Vol.12, N.2, Pp. 197-206. Issn 1692-3561.

Gustavo Oliveira dos Santos, Alberto Cargnelutti Filho, Bruna Mendonça Alves, Cláudia Burin, Giovani Facco , Marcos Toebe, Jéssica Andiara Kleinpaul, Ismael Mario Márcio Neu, Réges Bellé Stefanello – Plot size and number of repetitions in pigeonpea

Link da receita: http://www.tudogostoso.com.br/receita/31834-farofa-de-feijao-andu.html

O que você sabe sobre o alfavacão?

O alfavacão ou alfavaca-cravo (Ocimum gratissimum L.) é da família Lamiaceae e seu traço característico é suas folhas que podem chegar até 10cm. Possui aroma semelhante ao do cravo e por esta razão é utilizado como tempero e em alguns casos na produção de doces. Foi originária na Ásia e África mas consegue se adaptar a todos os tipos de solo. 

É bastante conhecida por sua ação contra dores, resfriado, gripe, tosse e inflamação na garganta. Assim como, possui efeito hipoglicêmico e contra doenças como febre tifóide, diarréia e doenças de pele. Possui ainda ação carminativa, diurética e sudorífera. É muito empregado em algumas regiões como calmante em caso de nervosismo e paralisia. Seu óleo essencial possui ação inibitória sobre alguns organismos, como por exemplo a bactéria da doença Leishmaniose e bactérias que causam desordem no trato gastrointestinal. 
 

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Referências:

PASSOS, M.G.; CARVALHO, H. and  WIEST, J.M. Inibição e inativação in vitro de diferentes métodos de extração de Ocimum gratissimum L. (“alfavacão”, “alfavaca”, “alfavaca-cravo”) – Labiatae (Lamiaceae), frente a bactérias de interesse em alimentos. Rev. bras. plantas med.  2009, vol.11, n.1, pp. 71-78.

PASSOS, Marcelo Gonzalez; CARVALHO, Heloisa Helena  and  WIEST, José Maria. Inativação bacteriana e sensorialidade em bebidas formuladas a partir de extrato reconstituído de Ocimum gratissimum L. (Alfavaca) – Labiatae – (Lamiaceae). Ciênc. Tecnol. Aliment. 2010, vol.30, n.2, pp. 414-420.

MARTINS, J.R et al. Armazenamento de sementes de Alfavaca-cravo (Ocimum gratissimum L.). Rev. bras. plantas med. 2014, vol.16, n.4, pp. 789-793.

Propriedades do Maracujá

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O maracujá amarelo (Passiflora edulis), também conhecido como “maracujá azedo”, é originário do Brasil. É uma planta trepadeira, de crescimento vigoroso e continuo; com sistema radicular pouco profundo, caule trepador, folhas lobadas e verdes com gavinhas (órgãos de sustentação). Em algumas espécies, as folhas são arredondadas e em outras são partidas, com bordos serrilhados. As flores são grandes, vistosas, de diversas cores de acordo com a espécie e a variedade. O principal polinizador natural do maracujá é a abelha mamangava.

A floração ocorre no verão. Os frutos são arredondados e com numerosas sementes achatadas envoltas pela polpa gelatinosa e saborosa. O gênero Passiflora compreende cerca de 400 espécies, sendo que entre estas, 2 espécies são as mais importantes na produção de frutos: o P. edulis e o P. alata. Os frutos tem ampla utilização culinária, prestando-se para o consumo in natura e para o preparo de sucos, geléias, sobremesas e molhos para carnes.

Adequada para cobrir cercas, pérgolas e caramanchões, deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil com boa adubação orgânica regada periodicamente para uma boa floração e frutificação. A maioria das espécies não é tolerante ao frio e às geadas. Pode perder a beleza e a saúde com a idade, requerendo o replantio. Multiplica-se por estacas e principalmente por sementes.

A literatura etnofarmacológica registra o uso de suas folhas, na forma de chá, como calmante e suave indutor do sono. Estudo realizado com extratos de suas folhas tem demonstrado resultados compatíveis com a indicação popular, mas ainda não permitiu sua validação como medicamento sedativo. Sua utilização na forma de chá contra nervosismo e insônia foi referendada pela comissão alemã de validação de plantas medicinais, e continua sendo feita com base na tradição popular em vários países do mundo ocidental.

O chá utilizado é do tipo decocto (cozimento) e para prepará-lo, põe-se a ferver e, recipiente descoberto 3 a 4 folhas frescas (10g) bem picadas, ou 3 a 5 gramas de folhas dessecadas, em água suficiente para uma xícara (de chá). Toma-se uma xícara à noite para induzir o sono ou 2 a 3 xícaras ao dia, como tranquilizante, por períodos nunca superiores a uma semana. Recomenda-se evitar excessos, bem como o uso prolongado, pois pode causar toxidez. Para eliminação de certos compostos potencialmente tóxicos, recomenda-se a fervura demorada durante o cozimento (decocto).

 

Referências

CÓRDOVA, K.R.V.; GAMA, T.M.M.T.B.; WINTER, C.M.G.; NETO, G.K.; FREITAS, R.J.S. Características físico-químicas da casca do maracujá amarelo (Passiflora edulis flavicarpa degener) obtida por secagem. B.CEPPA, Curitiba, v. 23, n. 2, p. 221-230, jan./jun. 2005.

ROTILI, M.C.C.; VORPAGEL, J.A.; BRAGA, G.C.; KUHN, O.J.; SALIBE, A.B. Atividade antioxidante, composição química e conservação do maracujá-amarelo embalado com filme PVC. Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal – SP, v. 35, n. 4, p. 942-952, Dezembro 2013.

Propriedades do alho

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O alho (Allium saltivum L.), pertencente á família Liliaceae, é uma  planta perene onde a parte usada é o bulbo, composto por folhas escamiformes (“dentes de alho”), é comestível e usado tanto como tempero como para fins medicinais. Originária da Europa, no Brasil o alho começou a ser produzido nas décadas de 60 e 70, era localizado principalmente em Minas Gerais e Goiás.

O alho é utilizado desde a antiguidade como remédio, sendo usado no Antigo Egito na composição de vários medicamentos. Suas propriedades anti-microbianas e os seus efeitos benéficos para o coração e circulação sanguínea já eram valorizados na Idade Média. Possui um ótimo valor nutricional, possuindo vitaminas (A, B2, B6, C), aminoácidos, adenosina, sais minerais (ferro, silício, iodo) e enzimas e compostos biologicamente ativos, como a alicina. O alho costuma ser indicado como auxiliar no tratamento de hipertensão arterial leve, redução dos níveis de colesterol e prevenção das doenças ateroscleróticas. Também se atribui ao alho a capacidade de prevenir resfriados e outras doenças infecciosas, e de tratar infecções bacterianas e fúngicas.

Com a evolução das pesquisas, foram descobertos vários benefícios em relação à saúde. Para se ter uma ideia, ele possui uma substância chamada germânio que é eficiente contra o câncer.

O zinco e selênio presentes nos bulbos são antioxidantes que diminuem o risco de doenças cardíacas, além de combaterem o envelhecimento. Ele possui a alicina que é anti-inflamatória.

O alho é uma planta muito acessível e considerada funcional por alimentar e nutrir, além de combater e prevenir várias doenças devido aos seus componentes. Porém, deve-se tomar cuidado na hora da compra, uma vez que ele passa a não ter todas as suas propriedades se estiver ressecado ou com fungos.

O alho tem efeitos colaterais, entretanto, e por esta razão, deveria ser usado com cuidado. O alho pode fazer com que as hemácias se tornem marrom escuras pelo contato, e também podem dissolver as hemácias quando aplicado em grandes concentrações. Além disso, o óleo volátil contido no alho pode inibir a secreção de sucos gástricos e também pode causar anemia. Sabe-se bem que o alho pode causar mau hálito, o qual pode ser reduzido ou eliminado pelo gargarejo com chá forte, comendo algumas tâmaras vermelhas ou bebendo algumas xícaras de chá.

Referências:

Almeida, Ângela; Suyenaga, Edna Sayuri. Ação farmacológica do alho (Allium sativum L.) e da cebola (Allium cepa L.) sobre o sistema cardiovascular: revisão / Pharmacological effect of garlic (Allium sativum L.) and onion (Allium cepa L.)on the cardiovascular system: review. Nutrire Rev. Soc. Bras. Aliment. Nutr;34(1):185-197, abr. 2009.

SingiI,; D.D. DamascenoI; E.D. D’AndréaI; G.A. SilvaII. Efeitos agudos dos extratos hidroalcoólicos do alho (Allium sativum L.) e do capim-limão (Cymbopogon citratus (DC) Stapf) sobre a pressão arterial média de ratos anestesiados. Rev. bras. farmacogn. v.15 n.2 João Pessoa abr./jun. 2005.

A Camomila e sua ações farmacológicas

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A Camomila, Matricaria recutita é conhecida como um calmante natural. Com pequenas flores brancas, semelhantes à margarida, a camomila tem o cultivo anual e cresce espontaneamente na Europa e em algumas regiões da Ásia. A sua colheita deve ser feita antes do total amadurecimento, para que as suas propriedades sejam mantidas. Além disso, ela é usada para ajudar no tratamento de resfriados, inflamações nasais, sinusite, má digestão, insônia, ansiedade, nervosismo e dificuldade para dormir.

Os principais constituintes químicos são óleo essencial, flavonóides, cumarinas e mucilagem.

Os óleos essenciais são considerados  os principais componentes bioquímicos de ação terapêutica das plantas aromáticas e medicinais.

Os flavonóides são compostos naturais que apresentam estruturas fenólicas variáveis. Na Camomila, o principal deles é a apigenina, que tem capacidade anticarcinogênica e antioxidadante.l

As cumarinas são heterosídeos que apresentam diversas propriedades, dentre elas a do dicumarol que é anticoagulante, a dos furano-derivados com ação sobre o vitiligo, entre outras propriedades.

A mucilagem é uma secreção rica em polissacarídeos presente em certas  plantas, a mucilagem  mostra alguma eficácia no combate à inflamação das vias respiratórias (propriedade expectorante , antitussígena), irritação do trato digestivo e inflamação intestinal.

Referências:

AVALLONE, R. et. al. Pharmacological profile of apigenin, a flavonoid isolated from Matricaria chamomilla. Biochemical Pharmacology, Oxford, v. 59, n.11, p.1387–1394. jun. 2000.

DUARTE, M. do R; LIMA, M. P. de. ANÁLISE FARMACOPÉICA DE AMOSTRAS DE CAMOMILA – Matricaria recutita L., ASTERACEAE. Visão Acadêmica, Curitiba, v. 4, n. 2, p. 89-92, Jul.- Dez./2003

As propriedades do Chuchu

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O chuchu, de nome científico Sechium edule, teve sua origem atribuída à América Central, por volta do ano 1750, onde era destaque entre as demais hortaliças cultivadas na época, devido ao seu sabor característico e bastante suave, podendo ser consumido durante o ano todo. É um vegetal da categoria dos frutos, que tem como nomes comuns: chuchu, machucho, caiota e pimpinela.  É uma hortaliça amplamente utilizada pela população, onde de acordo com o conhecimento tradicional, atua com atividade anti-hipertensiva. Rico em nutrientes como vitamina A e C, cálcio e magnésio é um fruto pobre em gordura saturada, não contém colesterol, sendo também pobre em sódio e rica em potássio, mantendo assim a normalidade dos níveis de pressão arterial, através do seu poder diurético. O Chuchu também contém antioxidantes que combatem os radicais livres, prevenindo doenças relacionadas com o processo oxidativo do corpo, como as cardiovasculares, de ossos, de visão, cerebrais, envelhecimento precoce, etc. Pode-se consumir principalmente a casca e o fruto, mas também folhas, brotos e raízes da planta, depois de devidamente lavados, os brotos refogados são ricos em vitaminas B e C e sais minerais como fósforo e ferro. Seu preparo pode ser feito como chá e infusão da casca, suco do fruto ou cozido.

Guerra, A. M. N. M., Cunha Neto, J. R., Marques, J. V. A. D., Pessoa, M. F., Maracajá, P. B., PLANTAS MEDICINAIS E HORTALIÇAS USADAS PARA CURA DE DOENÇAS EM RESIDÊNCIAS DA CIDADE DE MOSSORÓ – RN. Revista Verde (Mossoró – RN – Brasil) v.2, n.1, p.70-77 Janeiro/Julho de 2007.

Oliveira, C. J., Araujo, T. L. Plantas medicinais: usos e crenças de idosos portadores de hipertensão arterial. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 09, n. 01, p. 93 – 105, 2007 Disponível em http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n1/v9n1a07.htm.