O Alecrim (Rosmarinus officinalis L.) é da família Lamiaceae e originário do Mediterrâneo. Seu nome vem do latim e significa “orvalho do mar”. Suas folhas são pequenas e finas e suas flores são azul-violeta. É utilizado tanto para fins medicinais, como para culinários e aromáticos.
Seus efeitos farmacológicos são principalmente para os casos de problemas digestivos como má digestão, gases, dor no estômago e até mesmo perda de apetite. Eficiente em dor de cabeça, tosse, fraqueza, memória fraca e desmenorréia, por facilitar o fluxo menstrual. Possui ação cicatrizante, antimicrobiana e antifúngica. Acredita-se que pode ser antitumoral, pois a partir do alecrim pode ser obtida própolis e estudos recentes mostram a própolis é benéfica ao câncer e alivia sintomas da quimioterapia.
Porém NÃO pode ser ingerido por mulheres grávidas, diabéticos, epilépticos ou hipertensos.
O Alecrim é bastante rico por sua tradição e superstições. Aqui está 10 curiosidades sobre esta planta:
- Foi utilizado primeiramente pela rainha Isabel da Hungria em forma de tônico, que era “capaz de curar tudo” e por esta razão foi chamado de Água da Rainha da Hungria;
- Ótimo tempero, pois realça sabores quando utilizado em carnes, peixes, porcos, aves e cordeiros;
- Utilizado como incenso pelo seu ótimo cheiro e para “atrair coisas boas”;
- Ótimo desinfetante quando se ferve as folhas em pouca quantidade de água ou usando o seu óleo essencial;
- Protege contra traças e caspa capilar;
- A planta medicinal é um ótimo antisséptico, tratando mau-hálito;
- Estimula a memória e a mente, usado na medicina tradicional antes de provas para melhorar o rendimento ou até controlar a ansiedade;
- Enfeita caixões, dizem que é para o falecido encontrar a paz. Esse costume é muito utilizado pelos ingleses cobrindo o túmulo de seus heróis com ramos de alecrim;
- Os franceses dizem que o alecrim só brota na casa de famílias justas;
- Utilizado em casamentos ou no buquê ou no bolso dos padrinhos para trazer felicidade e prosperidade na vida dos noivos.
Referências:
MAY, A. et al. Produção de biomassa e óleo essencial de alecrim (Rosmarinus officinalis L.) em função da altura e intervalo entre cortes. Rev. bras. plantas med. Vol. 12, nº 2, Botucatu, Apr./June 2010.
FARIA, Lucimari. Validação farmacológica do óleo essencial de Rosmarinus officinalis L. (alecrim) – atividade antiinflamatória e analgésica, 2005.
PENTEADO, J.; CECY, A. Alecrim Rosmarinus officinalis L. Labiatae (Lamiaceae): Uma revisão bibliográfica. Disponível em: http://www.unieuro.edu.br/sitenovo/revistas/downloads/farmacia/cenarium_02_02.pdf. Acesso em: 27 de outubro de 2015.
Lorenzi H, Matos FJA. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 1 ed. Nova Odessa, São Paulo: Instituto Plantarum, 2002.